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Mostrando postagens de 2010

Uma folha em branco

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Uma folha em branco... uma porta escancarada pra fuga em desabalo uma promessa ou uma declaração de amor uma descoberta de sentimentos em compartimentos secretos um recomeço um pedido de desculpas um pedido de perdão ou não. Uma folha em branco e a oportunidade de dizer o que pensa O que sente O que viu um dia O que inventou O que queria ver Uma folha em branco e logo vem a necessidade compulsiva de enchê-la de palavras palavras palavras palavras... - Quando aprenderemos a deixar em paz as folhas brancas e todas as suas possibilidades?...

Devaneios etílicos e sãos - Parte Dois

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Desde sempre eu, desde sempre outra, desde sempre alguém.  Desde sempre nunca, desde sempre nada, desde sempre, amém. Não esperar nada, não esperar ninguém, me assombra e me consola, não sei bem. Um estar só sem fim... Duendes: estreitam o corredor enquanto você bebe. Nuvens de algodão... e uma lua louca a desafiar a escuridão!

Presente da Flor de Titia

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A internet tem dessas coisas. Surpresas! Você encontra por acaso alguém,  troca "bom dia", fotos, algumas palavras... Algumas coisas passam, outras, mais que surpresas são grandes encontros. A Flor de Titia escreveu isso pra mim... Obrigada, linda!   Quem é ela? Uma estrela que caiu do céu Para a terra iluminar Um sorriso simples e travesso Capaz de contagiar Uma criança em corpo de mulher Com a alegria de viver Mãe, amiga, gente fina E um jeito simples de ser Poeta que ama brincar com as palavras Palavras que ganham vida fora do papel Tornando o mundo mais colorido Palavras doces como o mel Para entendê-la existe uma regra Deixar de lado a razão Olhar com os olhos da alma E interpretar com o coração Detê-la é impossível Ela continua dirigindo na contra mão Seu caminho é o da felicidade E o amor é sua direção. Tia Marci, Tia Marci Tia Marci Esquecer-te? É claro que não! By Kari Boccia No twitter @kariboccia

EXCLUSÃO

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Tá bloqueado, amarrado, excluído Tá dominado, guardado e esquecido. Cartas e fotos rasguei Poemas e músicas amassei Sua blusa preta... tá, essa eu guardei. Apaguei vestígios, reescrevi minha história. Em minha Bio não aparece você Aproveita o momento e me esquece. Não faz força não, só me deixa ir. Não tô pedindo pra explicar nem me entender – já fui, deixei você. Pausa pra um café, pausa pra um gole de coisa qualquer, um cigarro, um lexotan fora de moda. Pausa pra minha cabeça foda! Pausa!... ...E se alguém aí estiver entendendo alguma coisa, joga a bóia, age! Acho que não chego até a margem...

Licença poética

Então me vejo aqui, meio sem entender essa história da mudança da ortografia ou sei lá o que seja isso. Meu coração continua fazer versos do mesmo jeito torto, na língua que conhece - a mesma que matou Camões, Pessoa, Bilac, Drummond e Quintana... Sobreviverei eu? Versos não se importam com isso. Falam numa linguagem própria, à parte da língua. Saberão esses senhores da mudança do que fala nossa dor? Conheceriam a nossa dor? Não sabem nada. Não são poetas. Nem me importa. Continuo eu, só do que sei. Corrijam-me. Venham atrás. Meus versos vão à frente. Falam de sentimento. Não de facilitar. Se eu quisesse facilitar, não faria versos. Faria equações matemáticas. (Falo por você, Quintana.)

Versos tolos

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É tarde, madrugada alta e escura. Por entre as nuvens no céu adivinho a lua Que em vão tento trazer à terra Para cobrir de luz tua pele nua. Da fragilidade do instante À eternidade de um único momento A esperança do renascimento No suspirar profundo do amante. Guardar-te em meu seio procuro Como quem tenta obscurecer a luz Como um cego num deserto errante Aperta contra o peito, o terço e a cruz. Versos de amor são só lágrimas doces Que saltam do coração ao papel. São carneirinhos no campo em disparada São gotas de orvalho sob o céu. Ser dona do tempo não posso Nem de tua alma quero me apossar. Rabisquei versos tolos num lamento, amor Na febre da vontade de te amar.

A verdade sobre os contos de fadas

A verdade é uma só: príncipes só aparecem no final da história, não têm nome, entram mudos e saem calados. Princesas são patricinhas limitadas à condição de esperar o príncipe. Reis são bocós, muitas vezes cornos e os últimos a saberem qualquer coisa. Quem sobrou? A Madrasta, a Feiticeira, aquela que faz toda a história acontecer, sempre tão injustiçadas... Sempre fui fã das madrastas. Agora mais que nunca!!!

SER

Queria saber quem eu sou... Mas só vejo uma pálida lembrança de quem fui, um esboço de quem queria ser, um rabisco de quem me apresento... Ser é um verbo difícil de se conjugar, diria Quintana. Um descuido e já era...

Devaneios etílicos e sãos

Se te espero, a espera é doce e perfumada. Mesmo que não venhas, tua ausência faz companhia, e a saudade, melodia. Se te espero, o tempo não é bom nem ruim, é só o que antecede a união, eterno e fugaz, instante e eternidade. ............... Estranhos são nossos caminhos. Por que estranhos somos nós. Nossas certezas, convicções, sentimentos. Nossas falhas, descobertas, recomeços. Idas e vindas. Tropeços. Estanhos e íntimos somos pra nós mesmos. Um dia, ou uma noite, nos deparamos com alguém, que não sabíamos que éramos nós. ....................... Brinco de dançar. Jogo a cabeça, os quadris, invento passos. O cabelão ajuda. Pareço jovem... Mas o coração não se engana. Dança nenhuma engana o tempo que me comove. ..................... Viver é rasgar os véus. Desnudar os dias. Inventar trilhas. Viver é aprender, esquecer e reaprender. Fazer de novo, diferente. Viver é reinventar a vida, todos os momentos. Por que a história só existe quando a contamos. Antes di

João Neiva Chega ao Céu

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Montado em seu alazão, vestido como um bom boiadeiro, João Neiva chegou ao céu. Apeou e São Pedro, dono das chaves, veio recebê-lo. - Boa Tarde! - Boas tardes! Por acaso, o senhor pode me dizer que lugar é esse? - Primeiro, eu faço a pergunta principal: Quem é você? - Homessa! Não sabe quem eu sou? Sou João Neiva, conhecido, cantado em verso e prosa por todas as Minas Gerais! - Como vai, Seu João? Eu sou São Pedro e o senhor está no céu. - Quer dizer então que morri? - Bem, Seu João, pela sua ficha vejo que o senhor viveu até os 98 anos. É uma longa vida. Sua morte foi natural, decorrência da muita idade... - Menino! E não é que esse lugar parece mesmo o céu? Isso quer dizer que vou encontrar todo aquele povo que já morreu antes de mim? Mamãe, papai, meus irmãos...Hildete! Cadê Hildete? - Calma, Seu João! O Senhor vai ter muito tempo pra encontrar todo mundo. Aliás, toda a eternidade. Por isso antes vamos bater um papinho. Preciso acabar de preencher sua ficha e faltam alguns

Espera?

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Enquanto não chega o fim do mundo, é no teu beijo que quero sentir tremor. A terra que espere para se abrir. Enquanto as trombetas não tocam, é no teu corpo que vou me enroscar e esquecer... Que venham as chuvas, os raios, os meteoros! Dentro de mim, há muito sinto a tempestade. Agora, que se faça o caos! Enquanto não chega o fim dos tempos, não vou perder meu tempo tentando entender ou explicar... te quero, só te quero! (...e é no quente do pecado, escondido entre meus peitos, que vou te guardar...) Antes que o mundo se acabe – Antes que os anjos anunciem o fim – Antes que a poesia desista de nos provocar – Espera um minuto. Eu vou. Foto: Marcelo Guerato - http://www.flickr.com/photos/guerato/

Debut

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Com você seria diferente. O primeiro beijo teria sabor de primeiro beijo Jeito de quinze anos, Tremor de adolescência. Com você, qualquer palavra de amor pareceria original. Toda música, a primeira dança. Toda dança, valsa de debut. Com você, fazer amor seria como a primeira vez. Acordaria com um sorriso nos lábios, Imaginando que alguma coisa mudou, Entre a Terra e o Universo. Com você, se a esperança não me abandonar, Tudo pode ser diferente. Foto by: Marcelo Guerato - http://www.flickr.com/photos/guerato/

Olhos Janelas

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Das janelas anônimas - silêncio – Vaza poesia, Escorrendo pelas paredes, Escuridão melando a noite Dos seus olhos semi-abertos - Acalmia – Vaza poesia Escorregando até seu riso, Amor melando um beijo...

Acalmia

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Em meus braços, laços lassos, Repousas tranqüilo e inocente. Num só abraço, num só beijo Descansamos o amor. Cada fibra, cada célula Ainda vibra, impune, Como se o gozo não fosse só o instante Mas eterno presente. E essa hora de acalmia Em que te repousas no meu repouso, Dormes no meu sono, Sonhando com sonhos meus, É o instante perene Em que nossos corpos, solenes, aguardam um no outro que se refaça a paixão. Foto: Marcelo Guerato - http://www.flickr.com/photos/guerato/

Aquarela

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Misturei suas cores com as minhas - esqueci minha aquarela bem em cima do seu peito (branco e preto, quente e frio, fora e dentro...) Troquei nossos nomes – agora eu chamo “Você” e quando lhe quero chamo a “Mim”. Não sei mais fazer poesia, mas quando fazemos amor, duendes, fadas, flores e loucos dançam na nossa cama. Lá fora Sol e Lua se confundem, se estou longe de Você. Lá fora Tempo e Espaço se abraçam, transtornando todo o universo, fazendo do Caos a Nova Ordem – só porque estou longe de Você. Misturei suas cores com as minhas, seu nome com o meu. Agora eu chamo Você.

Ao meu amor dos sonhos

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Quem é você, que invade meus sonhos, trazendo de tão longe, essa saudade que eu não conhecia – ou já esqueci? Quem é você, que eu nunca conheci ou não me lembrava que existia e que agora é tão familiar a minha alma? Que amor é esse, despertado de um sono de cem anos, que eu sei real somente pelo meu próprio coração? De onde vem? Para quê ? O que quer de mim? Por que sinto que não vou mais conseguir viver sem você, seu peito seguro, suas mãos de amparo, olhos de tanta dedicação? – 070605 – Foto by: Marcelo Guerato - http://www.flickr.com/photos/guerato/

Possivelmente

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Possivelmente, nunca mais direi que te amo. Possivelmente, nunca mais olharei em seus olhos, sentindo seu hálito bom, pressentindo um beijo roubado. Possivelmente, nunca mais um abraço muito, muito forte vai fazer seu coração bater no meu peito. Possivelmente, nunca mais brigaremos, ficaremos de mal, só para fazer as pazes e ficar de bem... Possivelmente, nunca mais suas mãos vão enxugar meus olhos, marejados de te querer, numa estação de trem que mais parece nossa. Possivelmente, nunca mais falaremos de amar e beijar na boca, nunca mais riremos dos passantes, da gente comum, que nos olhava curiosa. Possivelmente, nunca mais... nunca mais trocaremos bilhetinhos cheios de malícia, o desejo atiçado, descuidados do mundo perigoso. Possivelmente, nunca mais sentirei o peso do seu corpo bom, seu cheiro de macho, sua maneira de amar só sua, só nossa, só nossa. Possivelmente, nunca mais serei plena e feliz. Nunca mais. Mas, possivelmente vou seguir seguindo, desfrutando do que a vida reserv

Becos e janelas & Outros

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Pela janela a lua entrava, Esparramava-se sobre corpos nus, Deixando perfume de luar sobre eles... Pela janela a lua espiava, E lá com seus botões se perguntava De que espécie de sonho é feito o amor. Pela janela, a lua se enamorava E não se cansava de lamber de luz Os corpos nus dos dois amantes. A lua, pela janela adivinhava, Lá com seus botões, que em algum lugar, Entre o céu e o infinito, Uma estrela nascia, em grande explosão. Pela janela, a lua que tudo sabia, nada dizia, Nada tocava, tudo banhava de luz... Onze onze mil beijos em onze mil flores onze mil pássaros de onze mil cores onze mil corações, onze mil orações só para você, onze mil amores... (Sem Título) Meu corpo sonhando teu corpo Rola chorando no ninho Se abraça, se beija, se consola Fazendo amor sozinho. (Sem título) Quem pode c

Para João Felipe

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Tente, mesmo que apenas um minuto do seu dia, se expor ao perigo de ser qualquer um. Ou qualquer outro. Experimente, mesmo que apenas uma vez, da loucura de não se explicar, nem tentar se entender. Existem sentimentos absolutamente indefiníveis pelas palavras – a não ser que as criemos. Faça, com todo o seu corpo e toda a sua alma, o exercício diário de se reinventar. Destrua devagarinho os conceitos, as regras e os limites que ao longo da vida seu ego criou. Na verdade, acredite mais em seu alter-ego. Da próxima vez em que a chuva cair, nem pense em pegar o guarda-chuva e se proteger. Beba cada pinguinho que rolar em sua face e desfrute o prazer de estar vivo. Tire os sapatos. Ponha uma flor nos cabelos. Recite Camões em voz alta pela praça. Se alguém lhe chamar de louco, sorria. O paraíso foi feito pra gente como nós.

Álibi Reticente

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Quero beijar a palma da sua mão – antevejo no seu rosto a surpresa e adivinho o frio na barriga. Quero beijar a palma da sua mão e fazer um sorriso safado na sua cara – porque um beijo na palma da mão é uma promessa de pecado vestida de inocência. Um beijo na palma da mão e você cai na minha rede, como um peixinho indefeso, encantado com o inusitado do carinho. Por que um beijo na palma da mão lembra cócegas com a língua no céu da boca. Quero beijar a palma da sua mão e deixar meu gosto cravado entre seus dedos. Quero beijar a palma da sua mão e levar pra sempre o sabor de cada movimento seu. Por que um beijo na palma da mão é uma confissão de desejo vestida em álibi reticente... 15-08-95 Foto: Marcelo Guerato - http://www.flickr.com/photos/guerato/

Messalina

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Afinal, o que você quer de mim? Um breve roçar de corpos, um beijo furtivo e esquecível? Aqui entre meus seios há um lago profundo que, mais que molhar suas mãos, merece um mergulho. O que você vê em mim? Pode enxergar o corpo além do corpo, adivinhar as curvas da minha alma, perceber meu cheiro por trás do perfume? Habita em mim um arcanjo que, sob um véu de beata, veste-se de prostituta e sai por aí, pombagirando em meus sonhos molhados... O que você espera de mim? Um caso tórrido como uma tempestade tropical – assustadora, violenta e passageira? As quatro estações dançam em meus olhos, eu as conheço de cor. Tenho mais para dar de mim. Tenho a preguiça das manhãs cheirando a frutas, a melancolia das tardes sabor de vinho e a paixão cor de púrpura das madrugadas. Eu sou mais. Contaria muito mais, se só por um momento eu acreditasse que, mais que a mim, é somente a mim que você quer. Soltava esse arcanjo louco pintado de Messalina para seduzir você. Então, depo

Super Nova

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Nunca pensei que as noites pudessem ser tão frias, que as horas sem você pudessem ser tão longas. (Meu coração é uma super-nova, há dois mil anos-luz de qualquer lugar.) Nunca pensei que os dias pudessem ser tão vazios, que os minutos sem você escorressem na velocidade de uma calda fria. (Meu coração é uma falha no deserto, perdido na imensidão do Saara.) Jamais pensei, jamais sonhei que a solidão fosse tão doce, entorpecente, bebida forte, devagar me levando pro abismo onde morrem todos os amores. (Meu coração é uma flor selvagem, orquídea fúcsia, emaranhada em plena selva, onde pés humanos nunca tocaram.) Não, nunca ousei amar assim e mesmo assim amei. (Meu coração é um estrangeiro, expulso do paraíso, um náufrago em ilha distante. Meu coração que não é mais meu, nem mora mais em mim, é um buraco negro, no meio do universo, perigosa e densa escuridão...)

Alma Fujona

Pela fresta do meu olho direito – que é torto – minha alma espia. Estica as vistas, assunta, feito uma loba desconfiada. Procura companhia. Aproveita-se de um soluço e sai boca afora, rápida como um raio. Salta para o mundo como se aqui fora fosse lugar de alma andar por aí. Feito um bichinho, saiu se esgueirando pelas paredes, cheirando, tocando, olhando tudo com seus olhos, nariz, mãos de alma. Louca que é, quis ouvir rock’n roll e valsa ao mesmo tempo. Dançou nua sobre os móveis, esparramou comida e roupas pelo chão. Assustou-se com o papagaio e esganou o coitado. Riu do cachorro bobo,mas ignorou o gato. Rasgou meus livros, fez chuva de papel picado, como se fosse primeiro de janeiro em plena Paulista... Bebeu, riu, se engasgou. Cansou-se rápido do mundo e quis voltar, quando já era noitinha. De madrugada, lua alta, minha alma vem bem pra beirinha, fica toda na pontinha de mim, bem no gatilho da boca. Vira pele, pelo, saliva, ais e uis, só pra namorar você. Alma safada...

Mar Negro

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De onde vem essa urgência, Essa doce violência? É como se meu corpo não pudesse mais viver sem o contato do seu corpo. Sonho com seu cheiro sua pele seu jeito... Sonho com boca na boca, Sonho com meus peitos nas suas mãos, Sonho com suas mãos... Sonho com um beijo na curva da minha bunda! Percorrer suas costas nuas contar pintas no seu peito... tatuar meu desejo como um beijo bem perto do seu umbigo! Quero você deitado nas minhas costas Seu peso, o hálito bom no meu pescoço, Indecências no ouvido arrepio Pernas confundidas Sexo febril... Sonho com esse amor urgente Acordo assustada suada Coração pendurado por um fio, O tesão caminhando ainda nos poros e pelos. Doce e violento...

Explicação

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Eu escrevo desde sempre. Não me lembro mais quando comecei. Centenas de poemas, crônicas, contos, esparramados em cadernos, pedaços de papel, sei lá mais onde. Nunca consegui me expor, nunca. Com exceção dos que tinham endereço certo, o resto dorme em gavetas, caixas, verdadeiros fortes de papel. Há algum tempo tenho pensado num blog. Mas não queria a obrigatoriedade de nada, nem segmentar nada... apenas um lugar pra deixar meus uis e ais. Se alguém lê, gosta, se manifesta melhor ainda.Um beijo na minha solidão d'alma. O nome.  Uns três anos atrás, estava teclando com um amigo virtual, um psicoterapeuta, mineiro, uma pessoa incrível. Eu dizia a ele: não sei se breco ou se capoto. Ele respondeu: continue dirigindo. Obrigado, Luiz Eduardo. O nome é em sua homenagem.

Subitamente Romântica

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Como quem estrelas no céu conta, conto pintas no teu peito e descubro, subitamente romântica, também meio sem jeito, que talvez não acabe nunca... Então outra vez fôlego refeito invento novo brinquedo - pesquisa de campo em todo teu corpo - h á d e h a v e r d e f e i t o ! Aventureira cansada, a dois segundos da gargalhada, dispo a fantasia, inverto papéis Nua, suada e sem argumentos, por fim, Desisto da busca e s u a v e m e n t e me entrego ao doce moço senhor de mim.

Recado

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Se você vem chuva, que eu corra rio. Se você se rio, eu amanheça vale. Se você se vale de poder ser tudo, que eu seja nada pra caber você.

O Ponto G ( Parte 3)

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Existe um tipo de mulher que, menos por opção e mais por situação, vive na linha fina que distingue gente comum dos que têm superpoderes. Estou falando da super-incrível-perfeita-insubstituível mulher. Alguém como você, que levanta às 6, corre para a academia, malha mais alguma parte do corpo bem mantido, volta para casa e come alguma coisa muito saudável. Banha-se e veste-se para o trabalho, chega pontualmente às 8:30, desempenha suas múltiplas atividades e ainda suporta o mau humor do chefe com um sorriso. Por volta do meio dia tem sempre alguma coisa para fazer antes de ir almoçar – como buscar as crianças na escola, ou fazer alguma comprinha para a geladeira. Em casa descobre que a empregada queimou a carne e a salada ainda está nos saquinhos do sacolão. O mais velho leva um bilhete da professora solicitando sua presença na escola (qualquer coisa como palavrão, chiclete no cabelo, bombinha, sei lá); o mais novo tem um dedão sem cabeça – um tropeção no recreio. Acudidos os p

O Ponto G (parte 2)

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Eu me lembro de quando ainda era bem menina – 14, 16 anos - e adorava uma determinada revista, proibida para menores de 18 anos, mas que falava de sexo para adolescentes com a mais absoluta irresponsabilidade, como se fazer sexo com 13, 14, 15 anos fosse alguma coisa tão natural quanto a prática desportiva nas escolas. A mesma revista que tratava sobre a primeira maquiagem, falava com total desenvoltura sobre transar ou não no primeiro encontro! E mais - ia de sexo oral a sexo anal, com fotos exibindo lindos rapazes impúberes e meninas sem quadris em poses ardentes, para alegria de nossos olhos virgens e desespero dos nossos pais. Hoje entendo o que eles passaram. A verdade é que a informação contida naquelas páginas ultrapassava em muito o que realmente tínhamos capacidade para absorver, entender e, de certa forma, induzia muita menininha despreparada ao erro. Embora eu tenha chegado “invicta” até bem mais tarde, naquela época eu me exibia como a própria “Marta Suplicy do cerrado”

O Ponto G

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(Segue uma série de crônicas publicadas numa revista de variedades, lá no interiorrr. Divirtam-se) Não, amiga, não é mais uma coluna de sexo em revista feminina. É muito mais que isso. Quero falar com você sobre um milhão de assuntos, e entre eles, claro, sexo! É que achamos que esse título seria mais atraente do que qualquer outro, porque a verdade mesmo é que adoramos falar e ler sobre sexo. Revistas, programas de TV, enfim toda a midia já descobriu isso – o mundo adora falar sobre sexo. So, let’s talk about sex! Sem querer citar nome de nenhuma “concorrente”, já há algum tempo ando meio engasgada com certa revista feminina. A sucursal brasileira, já que é uma revista mundial, na ânsia de nos colocar num nível mais que europeu de conquista social, sexual, profissional etc, acaba criando mulheres com verdadeiros complexos de inferioridade – já que o abismo que separa a “mulher da revista” e a “pobre-que-a-folheia-no-salão-do-cabeleireiro” é intransponível. A mulher da revista é m

O NOME DA DOR

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E de repente me veio o nome dessa dor: é a dor do super-herói. Dos X-Men. Do Homem-Aranha. De Xena, a Princesa Guerreira. A dor de ser sozinho por trás de um destino inexorável e um uniforme estranho. A dor de não ter um igual. De não ser compreendido. De ter um segredo. De ser o Super-Homem. ...eternas saudades de Kripton. 29-01-05 -21:47 – (Unaí- MG - quarto de hotel)

Férias do Anjo

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É como um mergulho dentro e fora de si mesmo. Subir e cair num buraco profundo, escuro, frio, úmido. É tentar falar numa língua desconhecida, jamais proferida. É tentar expressar aquilo que só as lágrimas conseguem dizer: Não quero mais. Não me quero mais. Dentro do peito rufam asas negras, como pássaros engaiolados se debatendo inutilmente. O peito abriga dores sem nome. Olhos me fitam sem entender o que restou de mim. Meu anjo da guarda se cansou de tanta tristeza. Pediu férias e tomou um antidepressivo on the rocks. Fiquei assim. Manca e sem graça, unha quebrada, batom borrado, escrevendo versos cinzas, sentada à beira de um abismo de emoções desencontradas. O amor me desnudou. Minha alma treme de frio. E ninguém vê.

Que digo?

Naquela foto aparece um pedaço da sua língua. E meu coração quase pára quando penso nisso. Sinto saudade do toque dos meus dedos nas suas sobrancelhas (sempre em desalinho!). Quase sinto o cheiro de sua boca boa, de sua pele, desse corpo pesado e gostoso. Arrependo de cada minuto que perdi tentando entender qualquer coisa, no lugar de simplesmente trepar com você. Sou uma idiota, analisando o mundo e suas dores, dando nomes a sentimentos inomináveis, racionalizando, arquivando e etiquetando sensações, prazeres, coisas que só importam no seu momento. Você tem os pés mais lindos que já vi. E o pau também. Acho que te amei por algum tempo. Uma ou duas semanas, talvez. Depois sobrou um gosto estranho na boca, um hálito de freiras, uma ressaca, coisa esquisita. Meu coração e minha cabeça não querem lembrar mais, querem seguir em frente. Mas meu corpo enlouqueceu, perdeu a referência, não quer saber de explicações verbais. Quer seu corpo e só. Que digo a ele?

Ana Lúcia – Moinho – Bsb – 84

Mas no brinco dela Brinca o espelho. Que reflete Toda/qualquer paixão – Nos nossos caminhos tão outros: Rumos bifurcados (bifurcados?) E no brinco dela, A existência da mulher. Daquela que é rasgo E sombra. Furo e blitz. Quem pode definir? Mas no brinco dela – Esquerdo e direito Casal Balança aquilo que é sol E mais que a chuva: Quase o encontro. (Isso não é meu. Foi pra mim.)

O AMOR NÃO É

O aMor nãO é mElodia, NoTas mUSicaiS se eSpArramaNdo pELo ar. o AmoR é O dEscOmPaSSo, A noTa faLha, a Corda qUebRada. DesAfinaÇão do coRaçÃo... O amor não é a dança, passos perfeitos que desafiam a gravidade com beleza. O amor é a queda, o pé em falso, a cara no chão. Câimbra na alma... O amor não é o combate franco, luta limpa de gestos precisos. O amor é a surra, porrada sem direito à defesa, briga de rua. Não se iluda. O amor não tem dignidade nenhuma. É sujo e despenteado, batom borrado, salto quebrado... O amor não faz concessões. Invade, mata, se mata. Mora em si mesmo, ri de si mesmo. Colorido e desbotado, roto e costurado, o amor se supera, explode, exagera, cai da cadeira, perde a vergonha, se expõe. Alguém acuda! O amor anda nu...