Férias do Anjo
É como um mergulho dentro e fora de si mesmo.
Subir e cair num buraco profundo, escuro, frio, úmido.
É tentar falar numa língua desconhecida, jamais proferida.
É tentar expressar aquilo que só as lágrimas conseguem dizer:
Não quero mais. Não me quero mais.
Dentro do peito rufam asas negras, como pássaros engaiolados se debatendo inutilmente.
O peito abriga dores sem nome. Olhos me fitam sem entender o que restou de mim.
Meu anjo da guarda se cansou de tanta tristeza. Pediu férias e tomou um antidepressivo on the rocks.
Fiquei assim. Manca e sem graça, unha quebrada, batom borrado, escrevendo versos cinzas, sentada à beira de um abismo de emoções desencontradas.
O amor me desnudou. Minha alma treme de frio. E ninguém vê.
Subir e cair num buraco profundo, escuro, frio, úmido.
É tentar falar numa língua desconhecida, jamais proferida.
É tentar expressar aquilo que só as lágrimas conseguem dizer:
Não quero mais. Não me quero mais.
Dentro do peito rufam asas negras, como pássaros engaiolados se debatendo inutilmente.
O peito abriga dores sem nome. Olhos me fitam sem entender o que restou de mim.
Meu anjo da guarda se cansou de tanta tristeza. Pediu férias e tomou um antidepressivo on the rocks.
Fiquei assim. Manca e sem graça, unha quebrada, batom borrado, escrevendo versos cinzas, sentada à beira de um abismo de emoções desencontradas.
O amor me desnudou. Minha alma treme de frio. E ninguém vê.
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