Becos e janelas & Outros
Pela janela a lua entrava,
Esparramava-se sobre corpos nus,
Deixando perfume de luar sobre eles...
Pela janela a lua espiava,
E lá com seus botões se perguntava
De que espécie de sonho é feito o amor.
Pela janela, a lua se enamorava
E não se cansava de lamber de luz
Os corpos nus dos dois amantes.
A lua, pela janela adivinhava,
Lá com seus botões, que em algum lugar,
Entre o céu e o infinito,
Uma estrela nascia, em grande explosão.
Pela janela, a lua que tudo sabia, nada dizia,
Nada tocava, tudo banhava de luz...
Onze
onze mil beijos em
onze mil flores
onze mil pássaros de
onze mil cores
onze mil corações,
onze mil orações
só para você,
onze mil amores...
(Sem Título)
Meu corpo sonhando teu corpo
Rola chorando no ninho
Se abraça, se beija, se consola
Fazendo amor sozinho.
(Sem título)
Quem pode calar o tempo
quando seu canto, fingido acalanto,
vem marcando tudo
com seu sopro frio,
sulcando, dobrando, escrevendo
com dedos de cinzel,
caras e almas?
Belíssimos.
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