Licença poética
Então me vejo aqui, meio sem entender essa história da mudança da ortografia ou sei lá o que seja isso.
Meu coração continua fazer versos do mesmo jeito torto, na língua que conhece - a mesma que matou Camões, Pessoa, Bilac, Drummond e Quintana...
Sobreviverei eu?
Versos não se importam com isso. Falam numa linguagem própria, à parte da língua. Saberão esses senhores da mudança do que fala nossa dor? Conheceriam a nossa dor? Não sabem nada. Não são poetas. Nem me importa. Continuo eu, só do que sei. Corrijam-me. Venham atrás. Meus versos vão à frente. Falam de sentimento. Não de facilitar.
Se eu quisesse facilitar, não faria versos. Faria equações matemáticas. (Falo por você, Quintana.)
Meu coração continua fazer versos do mesmo jeito torto, na língua que conhece - a mesma que matou Camões, Pessoa, Bilac, Drummond e Quintana...
Sobreviverei eu?
Versos não se importam com isso. Falam numa linguagem própria, à parte da língua. Saberão esses senhores da mudança do que fala nossa dor? Conheceriam a nossa dor? Não sabem nada. Não são poetas. Nem me importa. Continuo eu, só do que sei. Corrijam-me. Venham atrás. Meus versos vão à frente. Falam de sentimento. Não de facilitar.
Se eu quisesse facilitar, não faria versos. Faria equações matemáticas. (Falo por você, Quintana.)
Licença Poética é a carteira de motorista que o poeta sempre esquece em casa. :-))
ResponderExcluirContinua dirigindo! Gostei!
Você é fantástica nas palavras!
ResponderExcluirSei que já te disse isso, mas preciso muito repetir!!
Versar é nunca facilitar!
Lindo e tocante!
Beijos, querida!
Eu nunca facilito. Porque nunca é fácil escrever, seja como for e não ponho regras no meu sentir.
ResponderExcluiré exatamente isso, para um poeta a unica regra que ele deve seguir é a de deixar o coração se expressar livremente, sem limites, sem barreiras.
ResponderExcluirVou continuar dirigindo com a minha habilitação vencida já que meu coração não está disposto a renovar suas normas e regras gramaticais, já que ele continua insistindo em andar na contra mão.
Nisso que mora o brilho da poesia, escrever estranho uma mensagem que poderia ser fácil.
ResponderExcluirVer de forma invertida o que todos veem de forma certa, subverter, principalmente a lingua, quando ela acha que só do sei jeito está certo.
A única regra a qual o poeta se limita é a sua própria, sabe-se Deus qual é?
Adorei seu texto Márcia, lembrou realmente o velho Quintana.
Paz e bem
use a lingua, e fale com o coração.
ResponderExcluireu adorei ! MÁRCIA, vc sabe sensibilizar com as palavras!......bi bi fom fom....
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirO que são as palavras, mero instrumento do nosso coração.
ResponderExcluirVocê sabe como ninguém, sabe usar esse instrumento.
um beijo grande.
A ortografia tem regras, o pensamento não.
ResponderExcluirUm abraço, @AnonimoFamoso.
Nossa!! vc falou o que eu queria ter dito para um monte de patrulheiros que nao entende que a melhor coisa dita é aquela que vem do coração e nao a tecnicamente perfeita. Eu virei teu fã. Obrigado viu! Quando torcerem o nariz por eu escrever as vezes maltratando a lingua eu vou recomendar o teu texto. Beijo.
ResponderExcluir