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Gotas de cristais

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By Vânia Santana Fixo meu olhar em gotas silenciosas que sobem como cristais explodindo na solidão Enquanto o álcool percorre minha mente Num infinito pulsar latente Onde a razão está tão longe e distante.. Então, encontro um lugar, onde as memórias se perderam Onde eu era a rainha, e alguém, um rei. As gotas sobem inúmeras e dispersam São súditas, misteriosas testemunhas Do espaço-tempo do que um dia eu fui Nas fortalezas tão protegidas do meu castelo. As gotas brilham como cristais Como um sonho límpido na pureza humana Enquanto vivia nos palácios suntuosos E conhecia o amor, e nada mais. Hoje, as masmorras zombam de mim Em seu silêncio fétido e esverdeado Me torturam com correntes invisíveis e me amarram num mundo de solidão sem fim. Enquanto as gotas sobem na taça Tudo é memória, mas nenhuma herança Se foram os sonhos daquela criança São águas passadas, não matam a sede de nada. Enquanto as gotas sobem na taça, Não há mais sonho Nem há mais taça nem há mais nada. Vânia Sant